Projeto Plataforma Tainacan

Plataforma Acervo: Inventário, Gestão e Difusão do Patrimônio Museológico (Projeto Plataforma Tainacan)

  • Coordenadora: Profa. Flavia Maria Cruvinel
  • Natureza do Projeto: Extensão

 

Resumo: Suplementar o Projeto “PLATAFORMA ACERVO: INVENTÁRIO, GESTÃO E DIFUSÃO DO PATRIMÔNIO MUSEOLÓGICO” do Termo de Execução Descentralizada firmado entre o Instituto Brasileiro de Museus - Ibram do Ministério da Cultura - MinC e a Universidade Federal de Goiás – UFG, com vistas à continuidade do Projeto, prorrogação da vigência, novo repasse financeiro no valor de R$ 350.000,00 em parcela única e a entrega de novos produtos citados no cronograma de execução constante do Plano de Trabalho.

Metodologia: A metodologia de trabalho utilizada pelo Laboratório de Políticas Públicas Participativas da Universidade Federal de Goiás para a realização deste projeto leva em consideração as etapas descritas a seguir: 1. Mapeamento e prospecção: aprofundamento da produção de um ambiente informacional que visa a interação social em torno de objetos culturais demanda uma análise contínua das melhores soluções tecnológicas, padrões interacionais e conexões com redes sociais das necessidades informacionais de seu público, bem como das possibilidades tecnológicas e estruturais da constituição de uma solução que atenda ao cenário brasileiro. Nesse sentido, entende-se ser de fundamental importância aprofundar o projeto no contínuo mapeamento de soluções em potencial tendo por prerrogativa serem em formato sistema livre, suas funcionalidades, suas possibilidades de interação social, níveis de customização, bem como uma avaliação do conhecimento e do perfil do público que utilizará essa ferramenta, visando identificar suas potencialidades, fragilidades e aspectos sociais que devem ser levados em consideração quando da constituição e da modelagem desta solução. Para este projeto considera-se um foco específico de mapeamento o maior investimento em formas de produção de serviços informacionais a partir das bases de dados dos repositórios digitais, facilitando a interoperabilidade de sistemas de informação, bem como a prototipação de novos serviços de descrição de metadados e ontologias sociais; 2. Prototipagem e arquitetura piloto: em paralelo ao contínuo mapeamento de soluções tecnológicas de referência, passa-se, portanto, condições de apontar as melhores soluções que atendam às necessidades da constituição de um repositório para apoio a digitalização e constituição de acervos digitais. Logo, nesta etapa, a metodologia de trabalho prevê a contínua modelagem do ambiente informacional e a customização de um protótipo que atenda a todos os requisitos especificados na etapa anterior. A modelagem prevê a interface gráfica, as formas de classificação de conteúdo, os modos de recuperação da informação, as possibilidades de interação social e o funcionamento em rede para a federação de repositórios. Vale aqui frisar que a solução produzida neste projeto faz parte e é integrada ao trabalho sendo realizado em outro projeto denominado “Laboratório de Políticas Públicas Participativas: foco em acervos digitais” e também será entregue ao Ministério da Cultura, para que o mesmo possa utilizar em diversos projetos e ações, visando dar amplitude e ganho de escala na experiência deste projeto; 3. Articulação social: a constituição de uma solução tecnológica demanda que ela seja apresentada e contextualizada de maneira a facilitar seu processo de apropriação e produção de significado por seus usuários. Logo, nesta etapa a metodologia prevê a criação de novos conteúdos e estratégias de formação para uso do protótipo, bem como formas de articulação em ambientes de redes sociais. A formação tem por objetivo qualificar o uso, facilitar o acesso e introduzir as possibilidades de uso do sistema de repositório de maneira organizada, bem como entrar em contato com público usuário e experimentar o uso do repositório, coletando impressões que sirvam de subsídio para melhorias futuras. A articulação em ambientes de redes sociais visa ativar coletivos, grupos de interesse, movimentos organizados, ativistas da cultura, entre outros, para disseminarem conhecimento e ampliarem o campo de uso e apropriação do piloto para suas próprias atividades e interesses fins; 4. Avaliação: a etapa final da metodologia adotada prevê um momento de avaliação do uso e análise dos resultados alcançados. Tem por objetivo sistematizar a pesquisa em formato acadêmico, gerando publicações em formato de artigo científico com os resultados do projeto. Também tem por objetivo avaliar o grau de apropriação do repositório digital, suas potencialidades, suas necessidades de melhoria e sugerir novas etapas aprofundamento e aprimoramento da própria política nacional de acervos digitais.

 

Referências:

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