Conectividades: o museu e o contexto tecnológico contemporâneo

Pesquisadora responsável: Olira Rodrigues [FAV / UFG]

Orientador: Dr. Cleomar Rocha [FAV / Media Lab / UFG]

 

Doutoranda da Faculdade de Artes Visuais e integrante do Media Lab da UFG (Laboratório de pesquisa e desenvolvimento e inovação em mídias interativas), Olira Rodrigues escolheu para o doutorado estudar museu distribuído e sua funcionalidade nos quesitos organização e comunicação, visto o contexto tecnológico em que vivemos. Com foco no Museu de Ciências da UFG, Olira justifica a sua pesquisa pelo fato de ela compor um dos Grupos de Trabalhos da equipe responsável pela implantação do MC.

A partir da experiência profissional adquirida na coordenação do Planetário Digital de Anápolis é que surgiu a ideia de trabalhar o “museu contemporâneo e a problematização no contexto tecnologizado da sociedade contemporânea”, conta Olira. Um museu “distribuído”, um museu em “rede” ou ainda “sistemas” de museu, mesmo com algumas diferenças de terminologia, em geral, se referem à mesma coisa: um modelo novo de gestão administrativa que visa uma organização horizontal e apresenta uma estrutura aberta e flexível com articulação entre as partes que compõem a rede, o todo

Olira destaca a importância de sua tese para o estabelecimento do Museu de Ciências da UFG no que diz respeito às discussões que podem ser suscitadas no seu processo de implantação. O que se propõe, diante disso, é a disseminação de conhecimento sobre uma estrutura de museu que excede o espaço físico e institui uma articulação entre todos os núcleos museológicos e uma compreensão de organização que, como diz Olira, rege por “princípios de troca, participação e compartilhamento na internet”.

Com a conclusão de seu doutorado, Olira espera que o trabalho colabore para o avanço das discussões como importante área de conhecimento, que outras pesquisas sejam beneficiadas com a sua tese e que ela contribua na difusão da estrutura de museus em rede, para que se fortaleça a cultura e o conhecimento com o uso da tecnologia.

Além disso, de caráter pessoal, Olira espera por seu aprofundamento na temática, pela participação e autonomia em discussões como também a contribuição na construção de projetos que viabilizem essa estrutura organizacional. Contudo, é o que se deve devolver à sociedade que a doutoranda destaca como um dos aspectos de impacto do trabalho. É importante que os espaços museais abandonem a missão de acervo e pensem em outras formas de organização, que trabalhem a articulação em rede e possibilitem o contato e a experiência com o público, com as pessoas.